Opinião
Colapso político
Por Marcelo Oxley
Empresário e jornalista
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Já não se consegue mais esconder: o próximo prefeito de Pelotas terá um futuro conturbado e desafiador pela frente. O déficit poderá ser milionário e já pode ser considerado como certo para 2025.
Pelotas não mascara mais suas limitações e o dinheiro, atravessado por emendas, não bate sequer na porta dos fundos. Talvez o "jogo político" tenha começado e verbas já estejam sendo limitadas para quem é oposição ao governo Lula. Talvez a falta de administração seja tamanha que não há mais como sanar problemas básicos como da iluminação, saneamento básico, crateras pelas ruas e bairros totalmente atirados... o Laranjal que o diga.
Para piorar o cenário, mais de 40 mil pelotenses estão na linha da pobreza. A Terra do governador do Estado está estampada nos jornais com dados alarmantes e vergonhosos. Aliás, e como já externado em linhas, por onde anda o nosso governador? Quais seus feitos para sua Pelotas? Geração de empregos? Atenção com o seu povo? Ah, sim, Hospital Regional, promessa de 2020, coincidentemente minutos antes das eleições. É pouco, por favor! Seria melhor ver uma novela mexicana do que presenciar a entrega do hospital em 2024, ano de eleição. Clichê e baixo! Mas, política é assim mesmo.
Não podemos mais nos calar com a falta de atenção ao nosso município. A nossa administração, mais atrapalhada do que nunca pelo tabuleiro político, só fala em "resiliência" e "Pacto pela Paz". Ambos de extrema importância para todos, porém está mais do que na hora de virar o disco. Chega, estamos exaustos dos mesmos diálogos. O povo pelotense quer dignidade com a saúde, ruas em condições, mínimo de iluminação, geração de empregos, oportunidades, enfim, tudo que possa trazer um pouco de ambição, sim, ambição - ajuda na formação de qualquer pessoa.
Em 2019 o PSDB começou a se desintegrar, pelo menos em Pelotas. Foi um ano épico de brigas com o PP e assim perdurou até 2020. Como uma suposta chapa de prefeito e vice, virou um ringue entre dois partidos enormes, de expressão e que já fizeram muito por Pelotas. A vida seguiu e o PP conseguiu buscar suas alianças e manteve sua base. Em contrapartida, me parece que o partido que coordena Pelotas está sempre disposto em chamar a atenção: inacreditavelmente, naquele ano de eleição, fez entrevistas com supostos candidatos à vice, uma soberba à mercê da sociedade. Anos mais tarde tentou, através de Eduardo Leite, ter esse nome à presidência, mas perdeu internamente para Dória. Então, precisou recorrer ao voto crítico do PT para seguir governando o Estado. Um desatino ambicioso e equivocado que faz o desgaste e a bagunças estarem à frente nos dias de hoje.
E agora? Quem vem? Daniel e perdemos um deputado? Ou, outro candidato, com menos expressão? Analisem: o PSDB terá que "agradar" muitos partidos, pois o seu tempo de televisão não é atraente. Por outro lado, talvez haja uma base coesa e imponente de bandeiras da direita e a mesma esbanja condições em todos os tópicos. A partida de xadrez está lançada e, me permito, segue cansativa para quem gostaria de ver uma política em prol de Pelotas. Tudo é interesse, logicamente.
O próximo prefeito, anotem aí, estará nessas linhas "burras" traçadas no parágrafo anterior. Não vejo outro nome que possa pegar a "bomba" que deixará essa administração. Há uma possibilidade de sermos fortes e únicos, com outras possibilidades. Mas o eleitor precisa entender e acreditar quando for às urnas.
Pelotas precisa retomar o seu crescimento. Existem inúmeras necessidades! Quem poderia ter feito, não fez. Ou se fez, foi bem abaixo do esperado.
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